domingo, 14 de dezembro de 2008

quero ser raio luminoso, fogo de artifício. e quando explodir, que seja bonito e todos saiam para ver. que cabeças nas janelas dos apartamentos despontem e eu vire espetáculo, mesmo que efêmero, mesmo que muito barulho para tão pequena duração. quero ser acontecimento feliz em meio a nuvens que só fazem chorar. em meio ao céu noturno rosado de chuva, que tenta ser feliz mesmo sendo prenúncio de tempestade. e no final, quando só restar a fumaça - o rastro da minha passagem - que se diga: como foi alegre!

Um comentário:

Anônimo disse...

E o cheiro de pólvora, que é a mesma das balas e armas, vai denunciar a memória do que foi. Como foi bela aquela existência amargamente-doce. Como toda sua existência foi um sintagma, tantos as coisas boas quanto as ruins plasmaram aquele ser: ser que amou, sofreu e viveu a vida.