domingo, 26 de julho de 2009

destino

vejo cidades ao longe
e enxergo almas desertas
não como existências secas
ocas
é vida que tremula e tange
o que há em mim
mas se esconde
e já não habita
a não ser em segredo
todo lugar onde eu esteja
nada segue a razão inicial
é tudo plano alternativo
eu vivo uma eterna situação emergencial
que urge, mambembe, feita de improvisos
e nunca acaba
sempre plena de remendos e atalhos
cadê o destino?
quero uma raiz
e uma moira
pelo menos
mais dedicada.

vcf 21.06.09

6 comentários:

M. A. Cartágenes disse...

Não sei porque, simplesmente do nada enquanto lia o texto, me veio a música "Oroborus" da banda Gojira! Sei lá, como fundo musical saca!

No mais, se algo me fez lembrar estabilidade, quero-a só dentro de mim. Viverei o que tiver de viver a todo instante e caso. Deixo a estabilidade plena para o dia que eu morrer.

Almas inquietas resultam nisso! Tempos que não vinha aqui... Gostei do que vi. Paz!

Laura Bourdiel disse...

Textos cada vez mais intensos e de uma sutileza impecável.
Parabéns.

¡besitos!

Francisco A. Gomes disse...

Olá, fui trilhando e cheguei na sua página o orkut...Daí fui parar nesse blog...O mais interessante nisso tudo é que a cada click nos deparamos com um novo mundo, diferentes formas e pensar, sentir, etc. Prabéns pelo blog.

Visite: www.amajouva.blogspot.com

Vamos dialogar entre os blogs.

Abraço.

Anônimo disse...

(:

Sulla Mino disse...

Ou não. ! (Rs) Obrigada pela visita. Adorei fazer uma andança por aqui, que veia literária tem, parabéns pelas palavras, sábias letras. Bjks, Sulla Mino

Bruno Costa disse...

Talvez a raíz seja mais como um rizoma, que corre desordenadamente por todos os lados. Assim, tem menos tato com o destino, que com a imanência repentina e nova.
Bela poesia.