as notas se seguiam, dando a ela a impressão de morte iminente. mas não era toda morte iminente? sentia uma dor constante, como se cada célula sua devanecendo pudesse lhe atingir causando luto. suas angústias permanentes eram que lhe davam o prazer e o luxo da inconstância. para quê lutar por ser linear e fazer o que esperavam dela, se a dor seria a mesma, sempre? ela se programava por música, ou se remediava. não precisava refletir muito sobre suas sensações perante os acontecimentos, bastava analisar as músicas que escolhera para ouvir. ela não respirava música. respirar significa tornar íntimo algo que é necessário, mas reter uma só parte, o que lhe interessa, e despejar tudo que restou para fora, como em um vômito. a música se fundia à sua alma. era mais que necessidade. era desejo [conforto].
os dias passam e seguem para onde eu não sei.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
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