domingo, 16 de novembro de 2008

controle?

tudo se punha em ordem, desordenadamente e sem que ela pudesse ter o controle real da situação. só lhe cabia esperar e sobreviver à organização voluptosa que a vida lhe impunha. não importava se ela já não queria conforto e acomodação, nada poderia parar aquele ciclo iniciado, de sobriedade e calmaria. era como se ela tivesse envelhecido algumas dúzias de anos e todos ao redor lhe escolhessem uma vida de quietude. existem pessoas que só procuram algumas coisas, e tudo na vida delas se encaixa ao analisar se há conforto suficiente para que tal situação possa ser considerada boa. essas são as pessoas que acreditam no óbvio dualismo, as que só veêm o bem e o mal. ela não era assim. mas também já não sabia como era, na realidade, antes daquilo tudo começar. ela já não se sabia de qualquer natureza que fosse. então, se deixava levar pelo fluxo da vida, que tramava com o destino formas de fazê-la despertar do sonho lúcido.

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